12/10/2020

Plano de ação traz medidas para controle de riscos ocupacionais

No plano de ação, serão indicadas as medidas de prevenção, pois nele que se faz o controle de riscos e o monitoramento.

O último episódio da Série de Webinars “Programa de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais”, realizado em 18 de setembro, mostrou como elaborar, executar, acompanhar e avaliar um plano de ação. Exigido pela  Norma Regulamentadora n° 1, esse documento busca apresentar as medidas necessárias para o controle dos riscos presentes no ambiente de trabalho e, com inventário de riscos, compõe o Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR. Para falar sobre essas questões, o evento contou com a presença do pesquisador Gilmar Trivelato e do tecnologista Rogério Galvão, ambos da Fundacentro.  

Clique aqui para assistir

Para compor o plano de ação, o inventário de riscos é uma peça fundamental, já que permite a identificação de perigos, a análise e a avaliação de riscos. Os riscos ocupacionais devem ser classificados. É preciso conhecer a causa e as possíveis soluções para se chegar a um controle eficaz. No plano de ação, serão indicadas as medidas de prevenção, pois nele que se faz o controle de riscos e o monitoramento.  

“As ações preventivas são conduzidas pelos responsáveis pelos processos de trabalho. Os especialistas em SST apenas assessoram”, explica Gilmar Trivelato. “Quem faz as coisas acontecerem é quem está envolvido com realização do trabalho”, completa. É importante que haja o comprometimento da administração, dos gerentes de unidades de trabalho e dos trabalhadores. Rogério Galvão também destaca a importância de se levar em conta os aspectos culturais do empreendimento. 

A NR 1 aponta que cabe ao empregador implementar medidas de prevenção aos riscos, de acordo com a seguinte ordem de prioridade: eliminação dos fatores de risco; minimização e controle com adoção de medidas de proteção coletivas; medidas administrativas ou de organização do trabalho; e adoção de proteção individual.  

Em sua palestra, Galvão trouxe exemplos práticos de medidas voltadas para conter a emissão na fonte como seleção de tecnologias limpas e seguras; substituição de materiais; modificação de processos e equipamentos; utilização de métodos úmidos; e manutenção e proteção de máquinas e equipamentos. No caso da transmissão, medidas para o meio: uso de ventilação industrial; isolamento com enclausuramento ou barreiras; layout e organização do trabalho; armazenamento e rotulagem; sinais e avisos; restrição de área; uso de monitoramento e alarme. Já olhando para a exposição do trabalhador, as medidas abrangem educação, treinamento e comunicação de riscos; Equipamentos de Proteção Individual – EPI; monitoramento da saúde ocupacional; e limitação da exposição (isolamento, rodízio). 

“Além de propor medidas preventivas, devem ser estabelecidos métodos e padrões para medir o desempenho das ações realizadas. Caso seja diagnosticado algum problema, devem ser iniciadas ações corretivas”, conclui Gilmar Trivelato.  

O evento contou com a mediação das diretoras de Conhecimento e Tecnologia, Marina Battilani, e de Pesquisa Aplicada, Erika Benevides, que destacou a produção de cartilhas e guias voltados para a prevenção da Covid-19 no ambiente de trabalho. Também falou sobre o Laboratório de Inovação da Fundacentro e do desenvolvimento da pesquisa para subsidiar políticas públicas. Já Battilani destacou que será realizado um curso sobre PGR em conjunto com a Escola Virtual.Gov – EV.G e a  Escola Nacional de Administração Pública – Enap, além de novos webinars, em datas a serem definidas.     

Fonte: Revista Proteção